Reformas trabalhistas só prejudica o trabalhador

Por vários anos alertamos o trabalhador da importância de trabalhador votar em trabalhador para garantir seus direitos, mas, muitas vezes ouvimos que estávamos no caminho errado e que lugar de trabalhador não era na política.

Agora estamos pagando caro por isso.

Na última eleição tivemos o retrocesso nas eleições, municipal e federal, quando o número de cadeiras dos representantes dos trabalhadores caiu e aumentou o número de representantes dos patrões. Para piorar Michel Temer assumiu a presidência e tem prejudicado bastante os direitos dos trabalhadores.

Começou com a terceirização e agora prepara as reformas trabalhistas e previdenciárias, onde o trabalhador só vai aposentar depois dos 65 anos de idade e com mais de 49 anos de contribuição.

Você, na inocência pode até achar que isso não vai te prejudicar. Grande engano!

Com a terceirização, milhões de trabalhadores terão seus salários reduzidos, com maior precarização das condições de trabalho e mais redução de vagas de emprego. Isso porque, na média, os terceirizados ganham em torno salários 25% menores, trabalham mais de três horas, por semana, do que os contratados diretamente pela empresa, além de não ter nenhum direito trabalhista. 

Ou seja, a terceirização reduz salários e reforça a desigualdade, voltando ao nível da escravidão. O que infelizmente, ninguém está vendo nesse momento é que a regulamentação irrestrita da terceirização prejudica TODA A SOCIEDADE TRABALHADORA a longo prazo.

Com certeza, será o desastre pois estão rasgando a CLT e a carteira de trabalho.

De acordo com o Dieese, a elevada rotatividade da mão de obra é um dos indicadores mais preocupantes do mercado de trabalho. Para os empregadores, representa um custo de selção e treinamento que acaba sendo repassado ao preço final do produto, atingindo todos os consumidores.

Já para os trabalhadores, representa a incerteza de encontrar um novo emprego num curto espaço de tempo e o risco de ter que aceitar menores salários e menos benefícios, além de ter impactos no cálculo da aposentadoria. E, para o Estado, as despesas com seguro-desemprego tendem a aumentar com a alta rotatividade, ocasionando a descapitalização do FGTS.

Por isso metalúrgico, junte-se a nós nessa luta e fortaleça seu sindicato. Uma flecha sozinha quebra fácil, muitas e juntas ficam difíceis de quebrar. Juntos somos fortes!

Samuel Marqueti

Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Sertãozinho e região

Cogeração, uma saída para o setor sucroenegético

Nossa diretoria não está parada. Desde abril estamos buscando soluções para esse período difícil em Sertãozinho. Mas, em vez de procurar culpados estamos buscando soluções para manter os empregos e gerar mais renda aos metalúrgicos.
Tanto que fomos falar com o Secretário do Emprego, José Luiz Ribeiro, nosso companheiro de luta que tem sentido na pele os efeitos da crise brasileira, principalmente, no setor sucroenergético. Nossa diretoria esteve na sua posse e estamos conversando sobre a cogeração de energia, que pode ser uma excelente saída não só para o setor como também para o país.
Também estive em contato com o deputado Arnaldo Jardim (abaixo) e com o Paulinho da Força falando sobre essa solução para nosso setor.
Todos prometeram buscar alternativas.
Infelizmente, o Brasil inteiro está sentindo esse impacto, principalmente os sertanezinos e nossa região.
O brasileiro anda desconfiado e o empresário não investe em novas tecnologias e muito menos em inovações. Segundo pesquisa
do Datafolha divulgada em 11 de abril, 70% das pessoas acreditam que o desemprego vai subir, 17% acreditam que vai ficar como está, enquanto que 10% acham que vai diminuir. Com esse pessimismo, não são abertas novas vagas de emprego e o país está estagnado.
Assim, precisamos que o governo reveja urgente seus atos e, o mais importante, de mais apoio a indústria brasileira, inclusive, a indústria de base, que é a fonte de renda do metalúrgico. País sem indústria é país miserável e não se pode pensar num Brasil de sucesso, com distribuição de renda, sem a dignidade do trabalhador.
É por isso que estamos correndo e lutando para que a cogeração de energia através do bagaço de cana saia do papel e vire realidade. Só assim nosso emprego estará de volta. Como o número de representantes dos trabalhadores é bem menor do que o de empresários. São 169 empresários ante 62 sindicalistas e estamos presenciando vários projetos de lei que tentam prejudicar os trabalhadores, não podemos e nem devemos ficar parados.
Por isso, tenho procurado a colaboração de todos, pois se a indústria vai bem, o trabalho cresce. É por isso que juntos com nossa base estamos cobrando dos deputados e senadores orespeito ao trabalhador, que até hoje tem sido o mais prejudicado nessa luta de braços.
Terceirização, diga não!
Como explicar esse absurdo chamado terceirização que a Câmara dos Deputados está tentando aprovar. Isso é um retrocesso para os trabalhadores, pois a terceirização precariza as condições de trabalho e escraviza o cidadão brasileiro.
Na terceirização, a empresa contrata outra empresa para realizar seu trabalho e com isso deixa de oferecer diversos benefícios aos trabalhadores. A empresa passa a exigir mais e não ter responsabilidade nenhuma. Quem é responsável é a terceirizada, é com ela que os trabalhadores criam o vínculo de emprego.
Infelizmente, isso foi criado quando deixamos de escolher representantes focados nos nossos interesses. Nas últimas eleições perdemos vários representantes dos trabalhadores, tenho sido eleitos um número bem menor do que o de empresários. São 169 empresários ante 62 sindicalistas. Com isso, os representantes do setor produtivo são quase um terço do total de 513 parlamentares e assim estamos presenciando vários projetos de lei que tentam prejudicar os trabalhadores.
A principal queixa é de que os terceirizados trabalham no mesmo espaço (e até nas mesmas atividades) dos funcionários próprios da empresa contratante, mas, sem o mesmo nível salarial, a mesma capacitação e o mesmo acesso a equipamentos e programas de segurança.
De acordo com estudos do DIEESE em 2011, os trabalhadores terceirizados ganham 27,1% menos que os diretamente contratados, trabalham 3 horas a mais, tem menos benefícios e estão mais sujeitos aos acidentes de trabalho e morte. Outro problema é o risco de calote, um dos maiores problemas enfrentados pelos trabalhadores, visto não ser raro essas empresas “desaparecerem” deixando dívidas, inclusive trabalhistas.
Por isso, somos contra a terceirização e contamos com seu apoio para reverter a situação. Diga não à terceirização e vamos fazer o possível para que nossa voz seja ouvida no Congresso Nacional.
Metalúrgico, nos ajude. Diga não à terceirização e de um basta a precarização das condições de trabalho. Isso é um retrocesso na sociedade brasileira e não podemos aceitar calados!

Samuel Marqueti

Presidente

 

CAGED FECHA FEVEREIRO COM SALDO POSITIVO NA INDÚSTRIA METALÚRGICA
Em fevereiro DE 2015 Sertãozinho contratou na indústria de transformação 681 pessoas, enquanto foram desligados no mesmo período 557 postos de trabalho, tendo um resultado positivo de 124 novos postos de trabalho.
Em fevereiro de 2014 foram 1070 contratações (55,27%) contra 866 demissões (44,73%), mesmo assim, finalizou com saldo positivo.
Durante todo ano de 2014 foram 9.279 contratações contra 11.692 demissões, totalizando um saldo negativo de -2.413 postos de trabalho.
Já em 2015, nos dois primeiros meses, mesmo com toda crise econômica brasileira, a indústria de transformação da região de Sertãozinho fecha com saldo positivo, tendo sido contratados 2011 novos funcionários e demitidos 1039, totalizando 972 novos postos de trabalho.
"Desses, 63 postos de trabalho são da indústria metalúrgica", comemora Samuel Marqueti, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Sertãozinho.

Começamos a trabalhar e mostramos ao empresário que o Sindicato está aqui para ajudar o metalúrgico.

Estamos de portas abertas as negociações, mas sem prejudicar o trabalhador. Em janeiro nos unimos a Prefeitura e as entidades de classes, tais como o Ceise Br que representa o empresário e fomos juntos gritar pelo emprego e renda. Mas, em momento nenhum dissemos que vamos esquecer os benefícios e direitos conquistados pela nossa categoria.

Pela mobilização já conseguimos resultado positivo, tanto que no início do mês fomos recepcionados pelo governador Geraldo Alckmin que reduziu impostos ao empresário e com isso temos a proposta da geração de mais empregos. Vamos continuar cobrando do governo federal que nos ajude a recuperar o trabalho do setor.

Mas, por outro lado, tivemos que realizar uma greve na Dedini, que tirou o que há de mais sagrado ao trabalhador, seu salário.

Chega, até quando nossa categoria terá que pagar pelos erros da administração empresarial? Pode até ser que a empresa esteja passando por dificuldades, mas fica a pergunta, se está tão difícil 


 

a situação da Dedini porque então, quando solicitamos da direção que liberasse seustrabalhadores para participar da mobilização eles não liberaram todos os funcionários e, sim, apenas algumas pessoas de cada departamento? Se está difícil deveriam ser os primeiros a colocar todos os trabalhadores na rua, em nossa marcha e isso não aconteceu.

Então basta, nossa diretoria está aqui para analisar a situação do trabalhador e não ficar de olhos fechados diante dos mandos e desmandos do empresário. Negociar sim, mas, desde que o trabalhador não seja prejudicado. Estamos aqui para manter as conquistas da categoria e buscar sempre mais!